Morros não
eram úteis, foi lá e planificou tudo.
O pobre
homem do futuro não conhece matas.
Matas nunca
serviram. A não ser para queimadas.
O homem
triste do futuro não conhece os rios.
Quando viu
que atravessavam seus projetos, drenou tudo.
Tratou com
produtos quimicos, e guardou em reservatórios.
O homem
miserável do futuro desconhece a fauna.
Não fazia
parte dos planos: ‘‘Levem todos nas
gaiolas!’’
Pobre homem,
miserável e triste, do futuro!
Só conhece
concreto, aço e vidro. E assim passa a vida construindo muros.
O homem que
no futuro não pode, sequer, se olhar no espelho.
Doente,
fraco e vulnerável a tudo! Vive dentro de uma proteção que criou.
Costumam
chamá-la, por lá, de “novo mundo”.
Não consegue
ver seu reflexo no espelho,
Pois os
raios ultra-violeta o deixaram quase cego.
Mesmo assim
persegue, aos tropeços, o ‘‘progresso’’!
“Custe o que
custar!” “Não temos mais vagas no cemitérios.”
Pobre,
triste e miserável, o homem do futuro morre aos trinta e seis.
“Um avanço
da ciência! Três anos atrás era aos dezesseis.”
Hospital
virou oficina. “Conserto de carcaças com lubrificação de graça!”
O mundo
virou nada! Cadê o homem de outrora?
“Que é isso, meu senhor? Tá precisando trocar
de memória..”
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