Sinto dor nos dedos. De tanto escrever.
Também dói minha cabeça. Não sei por quê.
As pernas, por ficar muito tempo de pé.
E o peito, dói de quê?
Não é problema de saúde, doutor.
Nem crie expectativas.
Essa dor no peito, do lado esquerdo,
É antiga companheira.
Dá para remendar, doutor?
Encaixar um pedaço de pano, no coração de lata?
E se não der, passa pelo menos um remédio.
Que é para essa saudade não doer tanto.
Se nada dá certo, deixa assim.
Não quero substituir e nem fingir que esqueci,
Que é para eu não esquecer do que vivi.
É melhor se deixar doer.
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