Era fim do dia, o sol há pouco dera lugar à lua, e eu estava sentado a porta da frente, como de costume, esperando que ela chegasse. Não demorou muito pra que isso acontecesse, eu esperava que fosse algo rotineiro, a veria, conversaríamos e logo estaríamos descansando. Não foi bem assim.
Ao ouvir seus passos calmos sobre as folhas caídas, não pude deixar de perceber que eram mais calmos que de costume. Eram passos tão calmos a ponto de me parecerem fúnebres. Corri ao seu encontro e não entendi o que estava acontecendo. De seus olhos saíam lágrimas muitas, não consegui reconhecê-la, seu rosto parecia coberto por um espesso véu de tristeza.
Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ela me fez as perguntas que nunca pensei ouvir de sua boca.
Perguntava-me se eu não iria lutar pela minha vida, se eu deixaria simplesmente de respirar.
Questionava-me sobre o meu destino sem que eu entendesse nada do que ela dizia. Como eu poderia ser tão insensível a ponto de negar-lhe respostas? Como poderia vê-la em prantos e não desprender de meus olhos uma lágrima?
Eu não tinha respostas.
Mas por que suas perguntas não faziam sentido? Eu simplesmente não conseguia entender como deixaria de respirar , ou como deixaria de lutar pela minha própria vida, pelo meu destino. Parecia algo complexo demais para mim.
Contudo, eu não poderia deixá-la esperando por respostas. E como eu não as tinha, decidi formulá-las ali, de súbito.
Respondi com o olhar baixo e voz quase rouca. Naquele momento eu acabava de decidir que não lutaria pela minha vida, pelo meu ar e nem pelo meu destino. Mesmo não sabendo o que aquilo significava para mim e para ela. Depois disso ela me deixou, disse que seria apenas por alguns dias, pois precisava esclarecer algumas coisas em sua mente. Assim ela se foi.
Naquela noite me senti diferente. Vazio.
Por mais que eu quisesse acreditar em suas palavras, eu senti que aquela seria a última vez em que a veria.
Nesse momento eu compreendi as perguntas que me foram feitas. Pude enfim perceber que, ao dar minha resposta, eu abríra mão do meu bem maior. Eu deixei escapar a mulher que havia me ensinado o que era viver com alegria. O meu primeiro e único amor, minha vida, meu ar e meu destino.
Meses se passaram. Permaneci sentado à porta dia após dia, na esperança de que ela retornasse. E sentado ali, imaginando o que estaria acontecendo, onde ela estaria, comecei a perceber que meu coração, outrora jovem, forte, já não era o mesmo. Entretanto, ainda estando debilitado por conta dos dias que me eram acrescentados, meu coração batia por uma única razão: vê-la voltar e então entregar-se em seus braços, para finalmente descansar.
Ao ouvir seus passos calmos sobre as folhas caídas, não pude deixar de perceber que eram mais calmos que de costume. Eram passos tão calmos a ponto de me parecerem fúnebres. Corri ao seu encontro e não entendi o que estava acontecendo. De seus olhos saíam lágrimas muitas, não consegui reconhecê-la, seu rosto parecia coberto por um espesso véu de tristeza.
Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ela me fez as perguntas que nunca pensei ouvir de sua boca.
Perguntava-me se eu não iria lutar pela minha vida, se eu deixaria simplesmente de respirar.
Questionava-me sobre o meu destino sem que eu entendesse nada do que ela dizia. Como eu poderia ser tão insensível a ponto de negar-lhe respostas? Como poderia vê-la em prantos e não desprender de meus olhos uma lágrima?
Eu não tinha respostas.
Mas por que suas perguntas não faziam sentido? Eu simplesmente não conseguia entender como deixaria de respirar , ou como deixaria de lutar pela minha própria vida, pelo meu destino. Parecia algo complexo demais para mim.
Contudo, eu não poderia deixá-la esperando por respostas. E como eu não as tinha, decidi formulá-las ali, de súbito.
Respondi com o olhar baixo e voz quase rouca. Naquele momento eu acabava de decidir que não lutaria pela minha vida, pelo meu ar e nem pelo meu destino. Mesmo não sabendo o que aquilo significava para mim e para ela. Depois disso ela me deixou, disse que seria apenas por alguns dias, pois precisava esclarecer algumas coisas em sua mente. Assim ela se foi.
Naquela noite me senti diferente. Vazio.
Por mais que eu quisesse acreditar em suas palavras, eu senti que aquela seria a última vez em que a veria.
Nesse momento eu compreendi as perguntas que me foram feitas. Pude enfim perceber que, ao dar minha resposta, eu abríra mão do meu bem maior. Eu deixei escapar a mulher que havia me ensinado o que era viver com alegria. O meu primeiro e único amor, minha vida, meu ar e meu destino.
Meses se passaram. Permaneci sentado à porta dia após dia, na esperança de que ela retornasse. E sentado ali, imaginando o que estaria acontecendo, onde ela estaria, comecei a perceber que meu coração, outrora jovem, forte, já não era o mesmo. Entretanto, ainda estando debilitado por conta dos dias que me eram acrescentados, meu coração batia por uma única razão: vê-la voltar e então entregar-se em seus braços, para finalmente descansar.
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